A ausência de chuva prolongada pode afetar diferentes setores da sociedade de forma grave. E o ar seco continuará impedindo a formação de nuvens carregadas nesta terça-feira, 10, o que manterá as temperaturas elevadas na região Central do país.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja de perigo devido à baixa umidade, que deve variar entre 20% e 12%, com riscos à saúde.
O alerta vale para os estados de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo e Maranhão, e o Distrito Federal.
Além de prejudicar a qualidade do ar, o calor excessivo e o tempo seco elevam os riscos de desastres naturais, como queimadas e secas intensas.
O que a falta de chuvas pode causar?
Incêndios florestais
Com a baixa umidade e temperaturas acima de 35°C, o fogo pode destruir grandes áreas de floresta, colocando em risco ecossistemas inteiros, além de ameaçar populações locais. Em regiões onde a vegetação já está seca, as queimadas podem se espalhar rapidamente.
A fumaça das queimadas também prejudica a visibilidade e pode causar acidentes em estradas, além de agravar ainda mais a qualidade do ar.
Fornecimento de energia afetado
Com a ausência de chuva, os níveis dos reservatórios das hidrelétricas ficam baixos, impactando diretamente a geração de energia elétrica. Isso pode levar a racionamentos, principalmente nas regiões que dependem fortemente da energia hidrelétrica.
A combinação de menos chuvas e aumento da demanda por ar-condicionado devido às altas temperaturas pode sobrecarregar o sistema energético.
Agricultura prejudicada
A agricultura é um dos setores mais vulneráveis à falta de chuva. Sem água, as plantações sofrem, resultando em quedas de produtividade e prejuízos para os agricultores.
A estiagem também afeta o solo, tornando-o menos fértil e mais suscetível à erosão.
O que o ar seco pode causar à saúde?
A qualidade do ar piora significativamente em condições de seca prolongada. Com a umidade relativa do ar abaixo de 30%, muitas regiões enfrentam um aumento nos problemas respiratórios, como asma e bronquite. Além disso, causa ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.
A baixa umidade, combinada com poluição e fumaça das queimadas, também agrava essas condições, tornando o ar praticamente irrespirável em alguns locais.
Entre as recomendações estão: tomar bastante líquido, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, evitar a prática de atividades físicas, usar hidratante para pele e umidificar o ambiente.
Mas, afinal, quando deve chover no Brasil?
A pergunta que muitos brasileiros estão se fazendo é sobre o retorno das chuvas. Segundo a meteorologista Josélia Pergorim, do Instituto Climatempo, a chuva persistente e realmente capaz de molhar a terra só deve voltar em meados de outubro. Até lá, o Brasil enfrentará mais um mês de predomínio de secura e calor.
Algumas chuvas isoladas podem ocorrer na costa leste do Nordeste, com passagens de frentes frias trazendo um pouco de chuva ao Sul do país e precipitações em áreas da costa da Região Sudeste.
“Mas umidade entrar no interior do Brasil, para começar realmente a chover, por enquanto, não tem”, afirmou.
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