O chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, está na lista de passageiros de um jato particular que caiu, nesta quarta-feira (23), na região de Tver, ao norte de Moscou, na Rússia, e não deixou sobreviventes. As informações foram publicadas pela agência de notícias Tass, que citou a Rosaviatsia, a autoridade aeronáutica russa.
"Foi iniciada uma investigação sobre o acidente do avião da Embraer ocorrido nesta noite na região de Tver. De acordo com a lista de passageiros, entre eles está o nome e sobrenome de Yevgeny Prigozhin", disse a Rosaviatsia.
A aeronave, que partiu de Moscou a caminho de São Petersburgo, transportava sete passageiros e três tripulantes. "Havia dez pessoas a bordo. Segundo as primeiras informações, todas as pessoas a bordo morreram", informou o Ministério de Situações de Emergência russo.
Vídeos, cuja autenticidade ainda não pode ser certificada, foram divulgados em vários canais do Telegram, dizendo-se ligados ao Wagner. As imagens mostram destroços em chamas em um campo ou uma aeronave caindo do céu. Pelo menos um corpo estava visível.
Relatos não confirmados da mídia russa disseram que Dmitry Utkin, braço direito de Prigozhin, também estava a bordo da aeronava e que o líder e seus associados haviam participado de uma reunião com funcionários do Ministério da Defesa russo.
Logo depois que o avião caiu do céu, um segundo jato particular ligado ao mercenário, que também parecia estar indo para São Petersburgo, a base de Prigozhin, voltou para Moscou, mostraram dados de rastreamento de voo, e mais tarde pousou.
O rastreador online de aeronaves Flightradar24 mostrou que o Embraer Legacy 600 (matrícula da aeronave RA-02795) havia saído do radar às 18h11 (horário local). Um vídeo não verificado postado nas redes sociais mostrou um avião semelhante a um jato particular caindo do céu em direção à terra.
Desafeto do Kremlin, Yevgeny Prigozhin liderou um motim contra o alto escalão do Exército russo nos dias 23 e 24 de junho. O presidente Vladimir Putin afirmou que a rebelião poderia ter levado a Rússia à guerra civil e descreveu o lider mercenário como um “traidor”.
O tumulto terminou quando o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, interveio para mediar um acordo.
Na noite de segunda-feira (22), Prigozhin apareceu em um vídeo publicado por grupos próximos ao Wagner nas redes sociais, dizendo estar na África. Em uma paisagem desértica, afirmou que estava trabalhando para "tornar a Rússia ainda maior em todos os continentes, e a África, ainda mais livre".
Comentários: